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Sobre

​Nossa História

Nossas memórias se iniciam no ano de 1995, quando Ronaldo Helal e outros professores (na época) do Departamento de Teoria da Comunicação (DTC), da Faculdade de Comunicação Social (FCS) da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), criaram a especialização em “Comunicação e Espaços Urbanos”. A especialização caracterizou-se como um espaço acadêmico atraente para pesquisadores das áreas de Antropologia, Sociologia, Filosofia, Comunicação e Letras. Os pesquisadores fundadores projetaram suas experiências e desejos nesse novo espaço de discussão acadêmica, na possibilidade de criar um ambiente epistêmico interdisciplinar ou multidisciplinar. Esse foi o passo inicial para o que depois se transformaria em um projeto mais amplo, agregando professores de outros departamentos (Jornalismo e Relações Públicas), o qual deu origem, sete anos mais tarde, ao Programa de Pós-Graduação em Comunicação.


Gostaríamos de destacar que os “Estudos Urbanos” atravessados pelas questões comunicacionais alicerçaram as primeiras pesquisas desenvolvidas no âmbito do PPGCom/UERJ. É importante ressaltar que essa singularidade surge imersa nas problemáticas sociopolíticas, culturais e comunicacionais da época – período de redemocratização do país – em que o debate nas Ciências Sociais se voltava para as questões da vida social urbana, realizando uma ampla discussão sobre os dilemas das Teorias da Modernidade, dos Movimentos Sociais, do poder dos Meios de Comunicação de Massa, da Globalização e seus desdobramentos econômicos, espaciais, territoriais, sociais, tecnológicos, identitários e comunicacionais. Integrada também ao esforço conjunto de intelectuais e pesquisadores da área de Comunicação em se expandir e se fortalecer nacionalmente através da abertura de novos polos de discussões, e com a finalidade de produzir reflexões acadêmicas que incorporassem as problemáticas comunicacionais a partir da experiência urbana, a Faculdade de Comunicação Social da UERJ congregou interesses de pesquisas que gravitavam em torno dos meios de comunicação de massa, identidade, lazer e cultura popular. Assim, no início dos anos 2000, após três diligências consecutivas da CAPES, o projeto para iniciar as atividades do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (PPGCom/UERJ) foi homologado.

 

As atividades do PPGCom tiveram início em 2002, sendo composto por um corpo docente com formação nas áreas de Sociologia, Antropologia, Letras e Comunicação: Ronaldo Helal, Hugo Lovisolo, João Maia, Erick Felinto, Márcio Gonçalves, Ricardo Freitas, Sônia Virgínia, Fátima Regis, Denise Siqueira e Fernando Gonçalves. O interesse em determinadas temáticas de pesquisa desse grupo de pesquisadores – como cidade, cultura, arte, representação social, tecnologias de comunicação e informação – amparou a concepção das duas linhas de pesquisa do Programa: “Cultura de Massa, Cidade e Representação Social” e “Tecnologias de Comunicação e Cultura”. Em 2018, após processo de discussão interna, a linha de pesquisa “Cultura de Massa, Cidade e Representação Social” foi redesenhada e ganhou novo nome: “Cultura das Mídias, Imaginário e Cidade”. Seu objetivo é investigar as relações entre comunicação e cidade, numa perspectiva cultural, enfocando múltiplas práticas comunicacionais que ensejam, dão forma e mediam a experiência urbana.

 

Assume-se, nesta linha, o mútuo atravessamento entre cidade e mídias como lugar de produção de sentido e de formação de imaginários contemporâneos. Partindo-se do pressuposto de que a cidade é o locus por excelência da circulação desses imaginários, busca-se pensar os modos como tais fenômenos demarcam o espaço e condicionam a geração de sentidos nos ambientes urbanos. Assim, investigam-se as culturas nas/das mídias, bem como suas práticas socioculturais e produtos culturais, englobando estéticas, linguagens, estilos, consumo e identidades culturais e artísticas. Ao mesmo tempo, pesquisam-se os imaginários sociais e sua relação com as tecnologias, as quais impulsionam novos modos de ser no cotidiano, ações, estilos de vida, interação, lazer, entretenimento, convivência, relacionamentos e contato. Desse modo, a linha de pesquisa investiga os múltiplos fenômenos de comunicação que pontuam o espaço urbano, especialmente os que se relacionam à arte, às tecnologias, à ciência, ao corpo, à cultura popular, ao consumo, aos esportes e as suas representações.

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O interessante é que essa linha também agrega, pelo tema do imaginário, o interesse dos pesquisadores da outra linha de pesquisa do programa: “Tecnologias de Comunicação e Cultura”, que se dedica à investigação das articulações entre tecnologia, comunicação e cultura. As relações das tecnologias comunicacionais com o ordenamento das categorias sociais e do imaginário, com formações subjetivas e com a emergência de modos novos de perceber, de sentir e de conhecer, constituem o eixo central a partir do qual as discussões e pesquisas estruturam-se. São privilegiadas na reflexão algumas tendências da comunicação contemporânea (modelos digitais, redes, processos de simulação, mobilidade), sem prejuízo, contudo, dos estudos de outras estruturas e sistemas de comunicação. Trata-se, em última instância, de investigar os impactos materiais, as configurações afetivo-cognitivas e as repercussões socioculturais das diferentes tecnologias comunicacionais nos contextos de sua produção, utilização e difusão.

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